domingo, 27 de janeiro de 2008

Folha Informativa - Dom. 20 de Jan. de 2008

Domingo II do Tempo Comum
Palavra do Pároco

A Unidade começa em casa
Faz precisamente 100 anos que surgiu a iniciativa do Oitavário pela Unidade dos Cristãos.
Cem anos depois, muitas coisas mudaram. Todavia, a necessidade de rezar pela unidade, essa permanece. É que, se a Unidade é um atributo da Trindade, que é Santa e Una, a divisão é um atributo do homem, que é pecador e sempre propenso a fomentar a divisão e a discórdia, mesmo no seio da própria Igreja. É por isso que a verdadeira unidade não se atinge senão pela conversão pessoal e pela abertura de coração ao Deus do Amor e da Paz.
«Rezar sem cessar» (1 Tes 5,17), eis o lema para este ano. Rezemos, assim, pela unidade entre os cristãos do mundo inteiro.
Mas, quando se fala em acção, pensamos: em concreto, o que é que eu posso fazer por esta causa?
Se pensar que a Unidade começa em casa, junto dos meus familiares e amigos que são de outras Igrejas e que eu, com tanta facilidade, avalio segundo os meus preconceitos, se atender aos juízos que faço dos outros católicos no meu coração, à minha resistência em fomentar laços de comunhão no seio da minha Paróquia, às minhas atitudes fomentadoras de divisões, então eu vejo como é vasto o campo de acção e como são tão insignificantes os passos concretos que eu já dei neste sentido.

Pensamento
Não desejes ser nada senão o que tu és, e procura sê-lo na perfeição.
S. Francisco de Sales
Meditação
Não nos perturbemos nada com as nossas imperfeições, porque a perfeição consiste em combatê-las e nós não as saberíamos combater sem as vermos, nem as poderíamos vencer sem as encontrarmos.
Os defeitos que não conheceis não vos prejudicam, uma vez que desejaríeis muito sinceramente conhecê-los; os que conhecerdes não vos prejudicarão, visto desejardes cordialmente corrigir-vos deles. Nada perturba os que estão completamente resolvidos a amar a Deus sobre todas as coisas e em todas as coisas…
S. Francisco de Sales
Destaque

25 de Janeiro – Conversão de São Paulo
A conversão de Paulo é o acontecimento da revelação do próprio Cristo e da sua Igreja ao escolhido do Senhor para ser apóstolo dos gentios. A aparição no caminho de Damasco revoluciona todo o sistema de pensamento e de acção de Saulo, grande inimigo da cruz. Nesse encontro excepcional com o Senhor, Saulo compreende que Jesus é o Filho de Deus. Paulo descobre a “loucura” da Cruz e encontra Cristo na Igreja que persegue.
Que a Festa da Conversão de São Paulo inspire a nossa própria conversão, que nasce de nos assumirmos imperfeitos, “caídos”, para que nos possamos erguer e viver plenamente segundo a Vontade do Pai.

Conversão
É sempre uma ilusão julgar-se convertido uma vez por todas. Não, nós não passamos nunca de pecadores, mas pecadores perdoados, pecadores-em-perdão, pecadores-em-conversão. Converter-se é sempre recomeçar essa mudança interior pela qual a nossa pobreza humana – a que Paulo chama a carne – se volta para a graça de Deus. Da lei da letra, passa à lei do Espírito e da liberdade, da ira à graça. Esta mudança nunca está terminada, está sempre a recomeçar.
Dom André Louf

À mesa da Palavra
São Mateus, o evangelista deste ano litúrgico (1)
Nos próximos números da Folha Informativa daremos a conhecer um pouco melhor a figura do evangelista deste ano litúrgico, o ano A, São Mateus.
Partindo dali, Jesus viu um Homem chamado Mateus, sentado ao telónio, e disse-lhe: - Segue-Me. E ele levantou-se e seguiu-O.
Mateus 9,10
«Levantou-se e seguiu-O». A concisão da frase põe claramente em evidência a prontidão de Mateus em responder à chamada. Para ele, isso significava abandonar tudo, sobretudo o que lhe garantia uma fonte segura de recursos, que era no entanto desonrosa e muitas vezes injusta. Mateus compreendeu, pela evidência, que a intimidade com Jesus o impedia de seguir uma actividade desaprovada por Deus. Facilmente daqui se tira uma lição para o presente: também hoje é inadmissível o apego a coisas incompatíveis com a caminhada de seguir Jesus, como é o caso de riquezas desonestas. Certa vez, Ele disse sem rodeios: “ se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que possuis, dá-o aos pobres, e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e segue-Me” (Mt 19,21). Foi o que fez Mateus: «Levantou-se e seguiu-O». Neste «levantou-se» conseguimos ler um nítido repúdio pela situação de pecado e simultaneamente a adesão consciente a uma nova existência, recta, na comunhão com Jesus.
Bento XVI

Destaque
Como encaminhar 0,5% dos meus impostos para a construção da nova Igreja de Miraflores.
Talvez nem toda a gente saiba que pode encaminhar 0,5% do seu IRS directamente para uma Instituição de Solidariedade Social.
É verdade: sem qualquer custo ou trabalho adicional a não ser o colocar uma cruz no Ponto 9 do Anexo H, seguido do número de contribuinte da Instituição.
Se este ponto ficar em branco, os 0,5% revertem directamente para o Estado, tal como os outros 99,5%.
No IRS deste ano podemos encaminhar estes 0,5% para a construção da nova igreja e centro pastoral de Miraflores, indicando o número de contribuinte da Associação das Famílias para o III Milénio.
O valor será integralmente aplicado nesta obra.
Esta campanha é um desafio pessoal a cada um de nós: quanto mais amigos, familiares, vizinhos e colegas de trabalho conseguirmos motivar para esta causa, mais dinheiro conseguiremos angariar.
Nº contribuinte da Associação Famílias para o III Milénio - 505 504 073
Divulgue este número!

Sabia que
S. Francisco de Sales
Nasceu em Sales, no ducado de Sabóia, em 21 de Agosto de 1567. Estudou retórica, filosofia e teologia. Aos 24 anos doutorou-se em Direito, em Pádua. Foi ordenado sacerdote em 1593 e, aos 32 anos, tornou-se bispo de Genebra. Foi uma figura líder da «contra-reforma». Escreveu diversas obras das quais se destacam o «Tratado do Amor de Deus» e «Introdução à Vida Devota». Em 1610, com Santa Joana Chantal (de quem era orientador espiritual) fundou a Ordem da Visitação. Amigo de S. Vicente e Paulo, foi o inspirador de D. Bosco aquando da fundação da sua congregação, os Salesianos. Morreu em 1662, tendo sido canonizado em 1665. Em 1877 Pio IX declarou-o Doutor da Igreja e, em 1923, Pio XI, na Encíclica Rerum Omnium, atribuiu-lhe o título de Patrono dos Jornalistas e Escritores Católicos.

São Vicente, diácono e mártir, padroeiro principal da Diocese de Lisboa
Natural de Huesca, Espanha, descendia de família ilustre. Foi arquidiácono – o 1º dos sete diáconos que existiam habitualmente nas Igrejas primitivas - em Saragoça. Por ocasião da perseguição de Diocleciano, em 303, foi preso e torturado em Valência. É proclamado padroeiro de Lisboa em 1173, quando da transferência das suas relíquias do Algarve para uma Igreja fora das muralhas de Lisboa – hoje denominada Igreja de S. Vicente de Fora.

«Não cremos em vossos deuses. Só existe Cristo e o Pai, que são o único Deus. E nós somos servos e testemunhas dessa verdade.»
S. Vicente
Missionários da Oração
OBRIGADO!
Excesso de amor,
Oceano de bondade,
Fonte inesgotável,
Ó meu divino Salvador,
Quanto te sou agradecido,
Por teres vindo uma criatura tão pobre!
É muito pouco o meu coração para te amar,
É muito pequena a minha língua para anunciar
A todos a tua bondade, ó Jesus!
Francisco de Sales
Leituras
21 ► S. Inês, virgem e mártir - MO
2ª Feira L 1 1 Sam 15, 16-23; Sal 49; Ev Mc 2, 18-22
22 ► S. Vicente, diácono e mártir – MF
No Patriarcado de Lisboa - Padroeiro Principal - Solenidade
3ªFeira L1 1 Sam 16, 1-13; Sal 88; Ev Mc 2, 23-28
23 ► L 1 1 Sam 17, 32-33.37.40-51; Sal 143; Ev Mc 3 1-6
4ªFeira
24 ► S. Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja – MO
5ªFeira L 1 Sam 18, 6-9:19, 1-7; Sal 55; Ev Mc 3, 7-12
25 ► Festa da Conversão de São Paulo
6ª Feira L 1 Act 22, 3-16 ou Act 9, 1-22; Sal 116; Ev Mc 16, 15-18
26 ► S. Timóteo e S. Tito, bispos -MO
Sábado L 1 2 Tim 1, 1-8 ou Tit 1, 1-5; Sal 95; Ev. Mc 3, 20-21 ou
Lc 10, 1-9 (apropriado)
27 ► Domingo III do Tempo Comum
Domingo L 1 Is 8, 23b-9,3 (9,1-4); Sal 26; L 2 1 Cor 1, 10-13 ; Ev Mt 4, 12-17

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